Por versarem sobre métodos diligentes de administração, os conceitos da Governança Corporativa tornaram-se fundamentais no atual momento do empreendedorismo. Principalmente num mundo tão veloz e competitivo). A governança propicia melhoramentos internos e ainda avalia riscos e retornos de investimentos com eficácia e transparência.

Empresas que atuam dentro do âmbito da Governança Corporativa são melhor avaliadas e, inclusive, têm maior facilidade na captação e aplicação de recursos, o que lhes confere reputação boa e sólida, já que apostam em uma gestão voltada à geração contínua de valor.

Já faz tempo que o mercado se rende às adições da governança, abrindo espaço para sua prática tanto em grandes corporações de capital aberto como em empresas de médio e pequeno portes. Até mesmo companhias estatais e do terceiro setor desfrutam dos benefícios deste conceito da cultura organizacional

A confiabilidade e a boa convivência construídas pela governança transformam princípios e ideias em objetivos reais de crescimento, empenhados em otimizar e preservar o valor econômico de longo prazo. Na prática, é uma maneira de gerir empresas com o intuito de aprimorar suas relações internas (entre classes colaborativas) e externas (com investidores e consumidores) apurando resultados financeiros e posicionamento frente ao mercado.

Enquanto a gestão se encarrega de planejar e executar processos, a governança os avalia e direciona. Aperfeiçoar processos gerenciais leva o negócio a aumentar sua credibilidade junto a todas as partes envolvidas no negócio e ao público externo, tornando-a mais atrativa a investidores e parceiros. Além disso, estimula a concorrência saudável e dinamiza seu desempenho financeiro.

Constituída sob quatro pilares fundamentais – seus princípios básicos –, a governança corporativa se utiliza da implementação de ferramentas de gestão, as quais beneficiam grandemente empresas dos mais diversos tipos societários. Em companhias de pequeno porte, tais pilares fortalecem as relações internas e alicerçam mudanças) externas, culminando em excelência de gestão.

Fundamentalmente, estabelecer os valores essenciais do empreendimento é o primeiro passo. Valores, estes, que serão seguidos por todos os dirigentes e colaboradores de modo sistemático. Em seguida, é necessário organizar a hierarquia e instituir a transparência entre os níveis hierárquicos. Assim, todos ascenderão em harmonia a um mesmo objetivo.

A equidade no tratamento, tanto no que tange ao núcleo societário quanto aos stakeholders (partes envolvidas), é indispensável para o estabelecimento da transparência na empresa. As ações gerenciais, nesse sentido, devem defender e dinamizar não somente a expansão econômica, mas as relações interpessoais e de trabalho.

Para tanto, instaurar uma dinâmica objetiva de accountability por parte dos agentes de governança é imperativo. Um sistema de prestação de contas claro e isonômico torna-se funcional para a solidificação do respeito mútuo entre integrantes da equipe e incentiva o estabelecimento de um ambiente colaborativo, facilitando, assim, a proatividade e a resolução de conflitos

Por último, mas não menos importante, a responsabilidade corporativa dos agentes de governança – seu Conselho Consultivo – deve almejar muito além das operações econômico-financeiras. Precisa, ao mesmo passo, focar-se no capital intangível da companhia, entre outros, em seu potencial humano, cultural, intelectual, social, ambiental, em sua reputação. Priorizar esses potenciais – no curto, médio e longo prazos – agrega valor à gestão, ampliando as externalidades positivas do negócio.

A grande chave para a implantação de uma gestão otimizada é estabelecer um passo a passo, detalhando e priorizar a resolução, em primeira instância, dos pontos de maior geração de impacto, os quais trabalharão para a melhoria contínua de desempenho da companhia. Criar um novo mindset voltado a uma cultura de governança garante que todos estejam voltados para o mesmo horizonte. É essa comunicação límpida e hábil, com lideranças bem definidas, agilidade na tomada de decisões e a capacidade de antecipar cenários que coloca o processo de governança corporativa entre as melhores práticas para administrar empresas na atualidade.